Criminoso armado o abordou e exigiu os pertences. Coronel contou que atirou quando o suspeito apontou a arma para ele na fuga, ao receber voz de prisão.
Por Juliana Borges, G1 ES
O ex-comandante-geral da Polícia Militar, coronel Ronalt Willian, sofreu uma tentativa de assalto, reagiu e acabou matando o suspeito, em Guarapari, na tarde desta quinta-feira (7).
O coronel contou que estava em uma rua quando o criminoso o abordou, de bicicleta, com uma arma em punho, já exigindo o relógio que o militar tinha no pulso.
“Ele estava muito nervoso, exaltavo, gritava comigo o tempo todo. Eu pedia para ele ter calma, que eu iria passar o que ele quisesse. Eu sabia do risco que estava correndo, então pedia calma. Tirei o relógio e ele então posicionou a arma na direção da minha cabeça e me pediu meu celular e minha carteira”, contou.
O coronel contou que tirou o celular do bolso e avisou ao criminoso que pegaria a carteira, mas nessa hora o suspeito começou a colocar o relógio roubado do militar no próprio braço. Foi quando o coronel reagiu.
“Percebi o momento de distração dele, saquei a minha arma e dei voz de prisão. Nessa hora, ele saiu correndo, fugindo. Eu gritava para ele parar, falei que era policial, então ele se virou e apontou a arma para mim. Não esperei ele atirar, reagi e atirei antes, um único tiro e que acertou ele”, lembrou.
O militar então acionou o Ciodes e o Samu, mas quando o socorristas chegaram, constataram a morte do criminoso.
“Esse indivíduo tinha dois mandados de prisão em aberto, um por homicídio e o outro por roubo. Não sabemos se tinha mais ocorrências porque a ficha dele ainda não foi toda levantada. Se ele estivesse preso, a família dele não estaria chorando a morte dele agora, depois de ele ter tentado efetuar um roubo”, falou o militar.
No momento do crime, o coronel Ronalt Willian não estava fardado, pois é policial militar da reserva (aposentado). Ele ressaltou que só reagiu ao assalto porque se sentiu seguro para isso e porque tinha preparação.
“Sou militar, recebi preparação para isso e me senti seguro para reagir quando surgiu a oportunidade da distração dele, mas se tivesse ocorrido de outra maneira, sem essa oportunidade, eu teria entregado tudo sem reagir. A população não deve reagir a assaltos”, frisou.
O militar foi conduzido para prestar esclarecimentos à Polícia Civil. Será aberto um inquérito e a arma do coronel ficou à disposição da PC para investigação.