Conforme o empresário Paulo Abílio devido às fortes chuvas de sexta-feira a população ficou sem água durante todo o final de semana. O diretor ainda alertou que o SAAE não estava preparado e que se encontra defasado não acompanhando o crescimento da cidade. Nunca houve na história de Mantena, histórico de 4 dias sem água, lembrando que o SAAE tem 43 anos de atuação na cidade.
A normalização no abastecimento de água para toda população parece que não aconteceu conforme foi prometido pela direção da autarquia SAAE. Nesta terça feira, (07/02), pela manhã, a água continua faltando nas torneiras dos Bairros Santos Prates II, parte alta do Nicolini e no Bairro Boa Esperança.
Em entrevista aos veículos de comunicação pela cidade, o diretor e empresário Paulo Abilio, que diga-se de passagem assumiu o cargo politicamente e não é um técnico no assunto, não conseguiu enxergar o crescimento e a atuação do SAAE em 43 anos de existência e apresentou a sua teoria sobre o atual momento da autarquia garantindo que o SAAE parou no tempo e não acompanhou o crescimento da cidade se tornando ultrapassado “A ETA – Estação de tratamento foi inaugurada há 43 anos atrás com uma garantia de 20 anos e hoje já tem mais de vinte anos que terminou o prazo e não foram melhorados nada, os tanques de decantação estão pequenos para demanda que Mantena precisa”, confirmando.
Paulo Abílio confirmou ainda a falta de preparação da autarquia SAAE “A gente não estava preparado pelo que vem acontecendo na região, os córregos assoreados e a terra dos morros descendo demais na barragem, e o tratamento de água não está preparado para esta quantidade de sujeira que tem vindo na água. Não conseguimos apressar o tratamento da água, existe um período que ela chega suja no filtro para sair potável no reservatório. Eu não quero atropelar sistema nenhum, passei um mês conhecendo as instalações e o sistema do SAAE com diversas visitas, eu imaginava que ia entrar no SAAE só para melhorar as nascentes, mas, na realidade o SAAE hoje é muito diferente do que a população de Mantena acha que é e aos poucos a gente tem de esclarecer o que está acontecendo realmente”, disse.
Alguns bairros da cidade são atendidos pelo SAAE através de bombas, esses bairros são os localizados na parte alta da cidade. A maior reclamação vem desses bairros, que ficaram 100% sem água desde sexta feira (dia 03/02/2017) e que ainda continuam sem o abastecimento até hoje (terça feira – 07/02/2017). São eles: Bairro Santo Antônio, Santos Prates II, Bairro 13 de Junho, Boa Esperança, Bairro Pires de Albuquerque e parte alta do Bairro Nicolini e Bairro dos Operários. Vale lembrar que mesmo na grande enchente de 2013, o SAAE conseguiu retornar o abastecimento da água dois dias depois. Nunca houve na história de Mantena, histórico de 4 dias sem água, lembrando que o SAAE tem 43 anos de atuação na cidade.
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Sabe-se que com a chegada do empresário Paulo Abílio como novo diretor do SAAE quase todas as gratificações de servidores do SAAE foram cortadas causando grande mal estar dentro da autarquia. Outro ponto é o salário que o novo Diretor deverá receber mensalmente, que ainda será votado nas próximas reuniões da Câmara Municipal de Mantena. Foi levantando que o salário será de cerca de 10 mil reais mensais, bem mais alto do que os servidores da autarquia recebem, para se ter uma ideia a última servidora que atuava como diretora recebia apenas 2 mil reais há mais sobre o seu salário.
Uma outra preocupação é com o racionamento de água neste momento de grande crise hídrica em todo o Brasil. Em Mantena, logo que tomou posse o Governo João Rufino conseguiu alguns carros pipa emprestados com prefeito de cidades vizinhas lavando as ruas das cidade que foram envolvidas mais uma vez pelas enchentes de dezembro/2016. Tudo isso, junto ao desperdício da população na lavagem de calçadas e veículos podem ter ajudado a consolidar a atual situação com a crise e a consequência falta de água generalizada em Mantena. Alguns moradores da cidade já comentam que a prioridade deveria ser água nas torneiras das casas, o que não tem ocorrido.