Ação busca desarticular esquema ilegal que leva brasileiros para os EUA. Mandados de prisão e busca e apreensão foram em Valadares e Sardoá.
O delegado da Polícia Federal em Valadares, Pedro Carneiro Mendes, não deu mais detalhes da operação na região. Os presos estão na delegacia da PF na cidade.
De acordo com a PF, as investigações começaram após o desaparecimento de um brasileiro que teria tentado entrar ilegalmente no país com auxílio de coiotes que cobravam até R$ 60 mil para intermediar o transporte ilegal por Bahamas.
A ação também busca informações que indiquem onde está um grupo de brasileiros que desapareceu em novembro do ano passado na região das Bahamas.
Desaparecidos
Entre os desaparecidos, estão dois mineiros de Sardoá, no Leste de Minas. As famílias de Renato Soares Araújo, de 31 anos, e Márcio Pinheiro de Souza, de 26 anos, mantém contato e buscam juntas informações sobre o paradeiro dos jovens.
Em entrevista ao G1, o pai de Renato diz que não perde a fé e acredita que o filho pode estar vivo. O último contato de Renato com a família foi no dia 6 de novembro, quando ele disse a um dos irmãos que estava prestes a embarcar rumo aos EUA.
Organização criminosa
Na tarde desta sexta-feira, a PF deu detalhes de como funcionava a atuação da organização criminosa. O objetivo desta fase da investigação é colher provas de onde estejam estes brasileiros e verificar o grau de envolvimento de outras pessoas neste esquema, “que não só envolveu brasileiros como outras pessoas do estrangeiro”, informou o delegado da PF.
A PF explica que existia um grupo no Brasil que aliciava o brasileiros que tinham vontade de morar nos EUA. Do Brasil, essas pessoas eram levadas ao Panamá e depois para as Bahamas. No aeroporto, havia um guichê específico marcado para a passagem dos brasileiros, onde teria um funcionário da organização criminosa. O brasileiro deveria ser um dos 10 primeiros passageiros a desembarcar.