Segundo apurações do Ministério Público Eleitoral, Leila Ferreira da Silva, que é irmã do candidato Anderson Branca de Neve, apesar de ter o seu nome incluído como candidata da Coligação Competência, Trabalho e Reconstrução II, não era candidata de fato, pois, não fez campanha e nem buscou os votos dos eleitores. Leila Ferreira também se candidatou no pleito passado nas eleições de 2012 e também não havia tirado nenhum voto, o que levantou a suspeita que possivelmente estaria burlando a Lei Eleitoral.
Para o Ministério Público, em agosto deste ano, a Coligação apresentou à justiça Eleitoral a lista de seus candidatos à eleição proporcional, formada por 15(quinze)homens e 07 (sete) mulheres, preenchendo , assim, o percentual mínimo de 30% (trinta por cento) de candidaturas do sexo feminino, conforme expressamente exigido pelo artigo 10, § 3º, da Lei nº 9.504/1997.
Cogitando a hipótese de candidatura fictícia, ou seja, apresentada apenas para preencher a cota de gênero e possibilitar a participação da coligação e dos partidos que a integraram – nas eleições proporcionais, foi instaurado Procedimento Preparatório Eleitoral – PPE e empreendidas algumas diligências para o esclarecimento dos fatos, dentre as quais, a oitiva da suposta candidata na Promotoria Eleitoral desta Zona.
Ao ser inquirida Leila Ferreira da Silva, reconheceu que não fez campanha eleitoral e/ou buscou os votos dos eleitores, sob o fundamento de que desistiu de concorrer ao cargo de vereadora, após registrar a sua candidatura. Para promotoria Leila “sequer foi capaz de dar uma justificativa plausível para essa sua desistência, resumindo-se a sustentar que “não sabe explicar por que se candidatou e não fez campanha”.
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Juiz Eleitoral acatou a ação
O Juiz Eleitoral, Dr. Renzzo Giaccono Ronchi acatou a ação de impugnação de mandato contra coligação Competência, Trabalho e Reconstrução II, composta pelos partidos PDT, PSL, PSDB e PT e pelos seus integrantes por supostas fraudes no processo eleitoral. Prevalecendo os fatos e se as denuncias foram confirmadas, os vereadores Anderson Branca de Neve e Jonas Emiliano, eleitos pela coligação, podem perder a cadeira no Legislativo de Mantena.