Seis pessoas da organização criminosa foram presas nesta terça-feira (21). Vítimas eram feitas reféns durante roubo a instituições financeiras como a agência bancária em Cuparaque e o prefeito de Pancas-ES.
Uma operação da Polícia Civil do Espírito Santo e de Minas Gerais prendeu, na terça-feira (21), seis pessoas de uma organização criminosa suspeita de sequestrar capixabas e usá-los como ‘escudo’ em assaltos a instituições bancárias.
Uma das vítimas foi o prefeito de Pancas, no Noroeste do Espírito Santo. Dois suspeitos seguem foragidos.
O delegado Jordano Bruno destacou que a particularidade do grupo era o modo como agiam, sempre com o objetivo de roubar a mesma agência bancária, na cidade mineira de Cuparaque.
“Eles agiam nos dois estados, sequestrando em cidades do Espírito Santo e levando as vítimas para serem escudos no momento de assaltar. Além disso, eles agiam sempre em grupo, o que é algo incomum aqui no estado”, contou o titular da Delegacia Patrimonial.
A polícia explicou que os crimes começaram no dia 26 de agosto de 2016, quando um fazendeiro de Alto Rio Novo foi colocado no porta-malas do próprio carro e levado para Minas, para um assalto a banco.
Depois, no dia 25 de novembro, um homem que estava em uma Kombi foi sequestrado e levado também para Cuparaque, onde o grupo praticou a mesma ação criminosa na agência bancária.
Já no dia 16 de dezembro, o grupo sequestrou o prefeito de Pancas, sem saber quem era a vítima, e o motorista dele, que foi colocado no porta-malas. O prefeito foi usado como escudo no assalto. A partir dessa data, a Polícia Civil do Espírito Santo entrou em contato com a de Minas Gerais e a ação passou a ser conjunta.
Em 5 de janeiro de 2017, o motorista de um guincho foi rendido e o veículo seria usado para remover o cofre da agência bancária, mas o sistema de segurança foi acionado e a ação foi frustrada.
A última ação aconteceu no dia 26 de janeiro deste ano, quando a quadrilha seguia para Cuparaque, e por causa do reforço do policiamento da região, tiveram que retornar ao Espírito Santo. Ao passar por Baixo Guandu, a caminhonete que dirigiam furou o pneu e o grupo sequestrou um empresário, levando a vítima até Colatina, para que ela fizesse saques em dinheiro com o próprio cartão.
Para o delegado de Conselheiro Pena, em Minas Gerais, Douglas Ferraz Veloso, a cidade mineira era escolhida porque o cabeça do grupo sabia como o local funcionava.
“O chefe da quadrilha já morou em Cuparaque e conhecia toda a região. Ele sabia da dinâmica de segurança pública no local. Por isso, era mais fácil”, falou.