Na ação deste domingo dois bandidos foram mortos, três foram presos e uma arma calibre .50, com potencial para derrubar aeronaves, foi apreendida
A ação contra o grupo começou nesse sábado. Com informações do serviço de inteligência de forças federais e estaduais de Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Distrito Federal e Pará, policiais militares foram até um lava-jato onde encontraram com um alvo. “Equipes da PM de Montes Claros e do Batalhão de Operação Especial (Bope) encontraram o cidadão de nome Naelber no estabelcimento com uma SW4 com documentação regular. Deslocamos até o apartamento dele e lá o irmão dele, Jean Júlio, foi preso”, afirmou o Major Flávio Santiago, chefe da sala de imprensa da PM.
Durante a prisão, os policiais conseguiram interceptar uma ligação telefônica feita para o celular de um dos dois indivíduos. As informações conseguidas levaram aos outros integrantes da quadrilha. “A PM conseguiu determinar que um caminhão trazia mercadorias. Essa era a informação passada na ligação. A mercadoria se tratava de explosivos, seis quilos aproximados de encartuchados de emulsão foi apreendido. Foi interceptado o caminhão e preso o motorista”, completou o major.
Com a apreensão, a PM conseguiu informações da localização de outros dois membros da quadrilha. A dupla estava em uma comunidade rural de Grão Mogol. A ação aconteceu nesta madrugada. Quando os policiais interceptaram os dois homens, que estavam em uma caminhonete, houve troca de tiros. O atual líder do bando, Jean Carlos de Barros Dantas, o Bereberê, foi morto, assim como Aldenir Quirino de Sá, que era foragido da Justiça por roubo a banco.
Com os criminosos, foram apreendidos cinco fuzis, sendo um deles calibre .50, com alto poder de fogo, duas pistolas nove milímetros, farta munição, 20 quilos de explosivos, uma chapa de aço que seria colocada em um dos carros participantes da ação, entre outros materiais. De acordo com a PM, as apreensões e prisões significam a desarticulação total da quadrilha.
Troca de liderança
Foi apurado pela PM que a quadrilha tem amplo histórico de ataques, desde maio deste ano, quando o então líder do bando, Carlos Jardiel de Barros Dantas, foi morto em um confronto com a Polícia Militar de Goiás quando o grupo se preparava para atacar um carro-forte em Aragarças (GO).
Dali em diante, a chefia da quadrilha foi assumida pelo irmão de Jardiel, Jean Carlos de Barros Dantas. Sob o comando de Jean, o grupo se envolveu em em um roubo a um carro forte em Unaí, no Noroeste de Minas, quando foram presos três membros da quadrilha e apreendidos oito fuzis, além de uma ação na BR-251, nas imediações de Grão Mogol (Norte de Minas), quando atacaram um carro-forte e roubaram todo o dinheiro que estava no veículo.
O grupo também é responsável por mortes de policiais. “É importante frisar a capacidade dos indivíduos e mais do que isso, a ousadia. Tivemos dois policiais mortos em Goiás e dois na Bahia, inclusive esses últimos torturados pelo bando”, disse Santiago.