Então, lembre-se que se Jesus já operou algo bom na sua vida é para você conhecê-lo, crer e ser salvo por ele.
Pastor Lafayette Neto
João 9 – Jesus e o cego de nascença.
1 Passando Jesus, viu um homem cego de nascença. Era dito entre os judeus que somente o Messias poderia abrir os olhos de um cego de nascença. E Jesus deu esta demonstração de ser Ele o Messias, abrindo os olhos deste cego de nascença e mesmo assim eles continuaram não crendo em Jesus. Certo é que muitos serão indesculpáveis, pois Deus tem dado todas as demonstrações de ser o único Salvador e por desobediência muitos o rejeitam. Aliás, a origem etimológica da palavra “obedecer” tem o sentido de ouvir e escutar, com entendimento, e atender aquele que nos fala. Mas poucos se interessam em ouvir e escutar Deus. Queremos é Deus ouça e escute nossas razões… Que nos “obedeça”. E também aprendemos aqui que desde o nosso nascimento somos cegos espirituais e incapazes de conhecer por nossos sentidos o projeto divino de redenção. Este cego jamais perceberia Jesus, se o Senhor não fosse até ele.
2 Os discípulos quiseram saber de Jesus quem havia pecado o cego ou seus pais, para que ele nascesse cego. Um tanto incoerente a pergunta sobre ele ter pecado antes de nascer a não ser que os discípulos tivessem em mente o Salmo 51“em pecado me concebeu minha mãe”.
3 Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus. Esta cegueira não era resultado direto de uma penalização divina sobre este ou aquele. Foi uma permissão divina com um propósito singular de oferecer salvação a este individuo. Então, não é bom pensar que todas as “desgraças” da vida são exatamente “desgraças”. Pode ser que no plano divino seja a oportunidade de um bom encontro. As “obras de Deus” destacadas no plural são referência a restauração física e a restauração espiritual. Nesse caso foi necessário ser curado fisicamente para poder ser restaurado espiritualmente. Quando foi curado, o cego foi levado aos religiosos possivelmente na sinagoga e, após ter seu testemunho do primeiro encontro com Cristo rejeitado, foi expulso. E “percebam”: o segundo encontro com Jesus, como o primeiro, foi iniciativa do Senhor. (35 Jesus ouviu que o tinham expulsado e, “encontrando-o”, disse-lhe: Crês tu no Filho de Deus? 36 Ele respondeu: Quem é ele, Senhor, para que eu nele creia? 37 E Jesus lhe disse: Tu já o tens visto, e é aquele que fala contigo. 38 Ele disse: Creio, Senhor. E o adorou). Sem dúvida, alguns precisam ver Jesus de uma maneira mais nítida para crerem e serem salvos. E foi necessário a este homem ver Jesus fora da religião (que o expulsou), em um encontro promovido pelo próprio Deus para que ele fosse salvo. É assim que “as obras de Deus” são realizadas, fora das instituições comandadas por homens. A “Obra de Deus” tem seu governo em Deus. E o realizador não é outro senão o próprio Senhor que disse: 4 Convém que Eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. 5 Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.
6 No ato da cura física Jesus cuspiu na terra, e com a saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego. Todo pó da terra (pense no homem), que absorve a saliva divina (pense na palavra que sai da boca de Deus), será nas mãos do Eterno Senhor uma unção milagrosa para a restauração da cegueira espiritual. Mas não basta isto somente. É fundamental a ação do Espírito Santo de Deus, sem a qual não há, em absoluto, nenhuma regeneração. O cego teve sua pálida participação nesse ato profético, andando por fé e não por vista, sendo crente nas palavras de Jesus que o mandou ao tanque se lavar.
7 Jesus disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado). E o cego obedeceu. Obedecer é etimologicamente ouvir e escutar, ou seja, atender. Com seus olhos cheios de barro untados pelas mãos de Jesus, como em uma ação recriadora, do mesmo Deus que no princípio com suas mãos criou o homem do pó da terra, o cego foi, lavou-se, e voltou vendo. Toda restauração acontece através desse lavar do Espírito Santo. Paulo esclarece em Tito 3.4-5 “Quando apareceu a benignidade e amor de Deus (Jesus), nosso Salvador, para com os homens, Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pelo LAVAR regenerador e renovador do Espírito Santo.”
8 Então os vizinhos, e aqueles que dantes tinham visto o que era cego, diziam: Não é este aquele que estava assentado e mendigava? 9 Uns diziam: É este. E outros: Parece-se com ele. Ele dizia: Sou eu. 10 Diziam-lhe, pois: Como se te abriram os olhos? 11 Ele respondeu, e disse: O homem, chamado Jesus, fez lodo, e untou-me os olhos, e disse-me: Vai ao tanque de Siloé, e lava-te. Então fui, e lavei-me, e vi. Até aqui, ele somente conhecia o homem chamado Jesus. Mas para ser salvo ele precisava conhecer o “Filho do homem” de Daniel 7.13-14. Ele precisava conhecer o “Filho de Deus”.
12 Disseram-lhe, pois: Onde está ele? Respondeu: Não sei. Até aqui ele não sabia onde estava Jesus. Mas descobriu que Jesus não estava na religião professada por seus pais. A mesma religião que o havia expulsado por ter testemunhado o seu primeiro e maravilhoso encontro com Jesus (leitura dos versos 13 ao 34).
35 Jesus ouviu que o tinham expulsado (e como ele não sabia onde Jesus estava, porque ainda não o tinha visto, Jesus foi ao seu encontro segunda vez) e, encontrando-o, disse-lhe: Crês tu no Filho de Deus? 36 Ele respondeu, e disse: Quem é ele, Senhor, para que nele creia? 37 E Jesus lhe disse: Tu já o tens visto, e é aquele que fala contigo. 38 Ele disse: Creio, Senhor. E o adorou. Era como se Jesus lhe dissesse: lhe dei visão para você me conhecer, crer e ser salvo.
39 Jesus disse: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não vêem (não tem conhecimento) vejam, e os que vêem (tem conhecimento e rejeitam) sejam cegos. Saiba que a nossa relação com o evangelho determina de antemão a sentença do juízo final sobre nós. Quem crer não será condenado, quem não crer – não recebe por meio da fé em Jesus a salvação pela graça – já está condenado. (João 3.18)