Milena Gottardi Tonini Frasson entrou em estado de coma e parou de responder a estímulos. Crime aconteceu quando ela saía do Hospital das Clínicas.
O retrato falado do suspeito de ter baleado a médica Milena Gottardi Tonini Frasson foi divulgado pela Delegacia Especializada em Homicídios Contra a Mulher nesta sexta-feira (15).
A vítima saía de um plantão no Hospital das Clínicas, em Vitória, acompanhada de uma colega quando, ao chegar ao carro, foi abordada por um homem, que, inicialmente, exigiu pertences e chaves do veículo. Sem que as duas reagissem, ele atirou três vezes e uma bala acertou a cabeça de Milena.
A polícia pede a colaboração da população com informações que podem ser passadas por meio do Disque Denúncia (181).
“O sigilo e o anonimato são garantidos. O crime está sob investigação e, neste momento, nenhum detalhe será divulgado para não atrapalhar o trabalho da polícia”, diz a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp).
Milena entrou em estado de coma e parou de responder a estímulos, de acordo com boletim do Hospital Cias Unimed, divulgado no fim da manhã desta sexta-feira (15).
Ela está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde que passou por uma cirurgia na noite desta quinta-feira (14), depois de ser baleada na cabeça, ao sair do plantão no Hospital das Clínicas, em Vitória.
Protesto
Profissionais e estudantes da área da saúde organizaram um protesto contra a insegurança na manhã desta sexta-feira (15), na frente do Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam), em Maruípe, Vitória. A manifestação foi marcada após a médica ter sido baleada.
Investigação
O caso está sendo investigado na Delegacia Especializada em Homicídios Contra a Mulher (DEHCM). Testemunhas já foram ouvidas e a cena do crime foi periciada. As equipes de investigação foram reforçadas no objetivo de capturar o criminoso.
Pelo crime ter ocorrido na área de uma instituição federal, a Polícia Federal foi questionada sobre não participar das investigações. A resposta foi que a PF só apura crimes contra a União.
CRM
O presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM) do Espírito Santo, Carlos Magno Pretti Dalapicola, disse ao portal Gazeta Online ficou surpreso ao saber que a médica Milena Gottardi Tonini Frasson havia sido baleada na saída de um plantão no Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam), em Vitória.
“É uma lástima. Muitos colegas que trabalham em periferias reclamam de agressões verbais e até físicas, como foi o caso do PA de Alto Lage. Mas acho que a gente nunca tinha tido uma experiência tão ruim. A gente lastima muito essa situação. Os cidadãos estão inseguros até nos seus locais de trabalho”, disse.
Sindicato dos médicos
O presidente do Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes), Otto Baptista, classificou o crime contra a médica Milena Gottardi Tonini Frasson como “tragédia desesperadora”.