Equipe do Cenipa afirmou que avião não foi abatido e não tinha perfurações. Prefeito sobrevoava área ocupada pelo MST quando aeronave caiu.
Uma equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) começou a analisar nesta quinta-feira (16) em Tumiritinga, no Vale do Rio Doce, os fatores que contribuíram para a queda do avião que matou o prefeito de Central de Minas, Genil Mata da Cruz e o seu funcionário Douglas Rafael Silva.
Na segunda-feira (13) duas aeronaves sobrevoavam a fazenda de Genil da Mata, em Tumiritinga, que havia sido invadida por 150 famílias do MST no dia 05 de julho. Segundo os manifestantes, as aeronaves lançavam bombas de coquetel molotov no assentamtento quando a aeronave do prefeito caiu.
No local do acidente, a equipe do Cenipa coletou dados, tirou fotografias e entrevistou testemunhas. Ainda não há previsão para o resultado da investigação. O modelo e prefixo da aeronave não foram divulgados.
Por telefone, a assessoria do Cenipa disse que não podem confirmar a informação de que a matrícula da aeronave foi encoberta na hora da decolagem. Ainda segundo a assessoria, as provas coletadas vão ser analisadas e procedidas as investigações das causas da queda da aeronave. Em análise inicial dos destroços do avião foi constatado que a aeronave não foi atingida por disparos de arma de fogo.
Entenda o caso
O prefeito de Central de Minas, Genil da Mata, junto com seu funcionário sobrevoava a fazenda de sua propriedade em Tumiritinga. Uma outra aeronave sobrevoava o local, junto com o prefeito. Segundo a Polícia Civil de Valadares, o acidente foi às 17 horas de segunda-feira (13). A outra aeronava deixou o local e os ocupantes só foram localizados e ouvidos na quarta-feira (15).
A fazenda de Genil da Mata foi invadida por 150 famílias do Movimento Sem-Terra no último dia 05 de julho. Segundo os ocupantes, os aviões lançavam bombas de coquetel molotov em cima das barracas.
O advogado da família do prefeito, Siranides Eliotério Gomes, disse que não tinha nenhuma informação dos ataques feitos contra os sem-terra, e que o prefeito sobrevoava o local a pedido dele, para que entrasse com uma ação de desapropriação de terra.
Nesta quarta-feira (16) os ocupantes do assentamento do Movimento dos Sem-Terra (MST) começaram a deixar a fazenda. Segundo representantes do movimento, a desocupação ocorre de forma pacífica e conta com a presença das polícias civíl e militar. Algumas famílias seguirão para casas de parentes e outras serão encaminhadas para outros assentamentos.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), segundo representantes do movimento, se comprometeu a fazer uma vistoria imediata para encontrar um novo local para as famílias.
Genil da Mata e seu funcionário foram enterrados na tarde desta quarta, em Central de Minas.
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