Ele foi morto em 2015 e corpo foi encontrado em um lixão, na cidade de Nova Venécia, no Espírito Santo. Professor foi enterrado como indigente e corpo foi identificado no sábado (14).
Durante a coletiva, a polícia informou que o corpo do professor havia sido encontrado em um antigo lixão de Nova Venécia e encaminhado ao Instituto Médico Legal de Linhares (ES), onde ficou por quatro meses e foi enterrado como indigente. Somente após a troca de informações e fotos entre as polícias é que foi descoberta a identidade do professor Nelcino.
De acordo com o delegado Fabio Sfalcin, da Delegacia de Pessoas Desaparecidas, o professor teria dado uma carona para o suspeito e tentado ter relações sexuais com ele, o que teria motivado o crime. Ainda segundo o delegado, o suspeito se recusou e golpeou o professor na cabeça, nuca e pescoço, e em seguida o estrangulou.
A investigação da PC durou cinco meses e apontou que, após as agressões, Jucimar Camilo teria colocado o corpo do professor no banco de trás do veículo e seguido para Nova Venécia, onde abandonou a vítima em um lixão. A polícia ainda investiga se existem outras pessoas envolvidas no crime. Os restos mortais do professor Nelcino Rodrigues Valentim devem chegar a Governador Valadares nessa terça-feira (17).
A PC ainda vai verificar se o caso será tratado como um homicídio qualificado com ocultação de cadáver e roubo do veículo, ou latrocínio com ocultação de cadáver. Josimarcos Camilo pode pegar até três anos de prisão, caso responda por ocultação de cadáver. Se ele responder por homicídio, a pena pode variar de 12 a 30 anos de prisão; já para o crime de latrocínio, a pena pode variar entre 20 a 30 anos.
Governador Valadares (Foto: Sávio Scarabelli/G1)
Suspeito
Em entrevista ao G1, Jucimar disse que estava arrependido, mas negou ter matado o professor. O homem relatou que agrediu a vítima para se defender, depois que o professor tentou ter relações sexuais com ele.
“Eu coloquei ele na poltrona traseira e fui embora para o Espírito Santo; ele estava desmaiado. Quando eu cheguei em Nova Venécia, eu deixei a vítima no antigo lixão, ele estava respirando”, explicou.
Jucimar disse ainda que não chamou nenhum socorro para o professor porque o local onde ele foi abandonado teria grande movimento de pessoas e acreditou que ele seria encontrado. Ele também afirmou que ficou com o carro para fazer uso.