Marcus Vinícius Ribeiro Cunha terá que passar por fisioterapia respiratória, pois o pulmão dele foi perfurado durante o atentado. Ele deve ser ouvido pela polícia nesta sexta-feira.
em.com.br – João Henrique do Vale

Um dos tiros perfurou o pulmão do promotor, e por isso, terá que ficar de repouso e passar por exercícios. “Agora, ele vai passar por fisioterapia ventilatória e motora. Com a respiratória, vai conseguir recuperar a função do pulmão. Pela sua capacidade regenerativa, irá voltar ao normal, mas ele precisa ajudar para que o pulmão não encolha e possa ter a elasticidade preservada”, explicou o médico. Segundo ele, o promotor vai ser reavaliado em duas semanas.
O promotor recebeu os primeiros atendimentos em Monte Carmelo, local do atentado, e depois foi transferido para Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Para o médico, a condição física de Marcus Vinícius, que é lutador, e a rapidez no atendimento, foram fatores importantes para a recuperação.“Acredito que se o primeiro atendimento não tivesse ocorrido tão bem como foi, ele corria risco de morte. O paciente chegou com a pressão muito baixa porque já tinha perdido muito sangue. Por ele ser ex-atleta e judoca, conseguiu sair do carro, ir para o restaurante e, só então, ser socorrido e levado até ao hospital. Se ele não tivesse essa condição física, por já estar com a pressão baixíssima e perdido bastante sangue, ele não teria conseguido sobreviver”, comentou Vidigal.
O crime aconteceu no último sábado. As investigações indicam que a tentativa de homicídio foi motivada por vingança. Apresentado na segunda-feira na Cidade Administrativa do governo de Minas, Juliano de Oliveira disse que tentou matar Marcus por ele ter sido um dos responsáveis pela investigação que culminou com a cassação do mandato de seu pai.
De acordo com os delegados, Juliano foi preso na casa da irmã da sua companheira, em pleno churrasco, na cidade próxima de Romaria. Ele foi para a comemoração depois de descarregar 15 tiros no promotor, dos quais acertou três, sendo dois nas costas e um no braço.
Depoimento
A Polícia Civil pretende ouvir o promotor nesta sexta-feira. De acordo com o delegado Wilton José Fernandes, um dos responsáveis pela investigação, a oitiva será na cidade de Uberlândia. “Falta apenas ouvir o promotor para encerramos o inquérito. Continuam algumas diligências, mas o caminho da investigação é aquele que a gente já previa”, afirma.