Investigação ainda está em andamento, mas as primeiras informações já revelam irregularidades na carreta que transportava granito
Gazeta Online/Barbara Oliveira
O motorista da carreta de granito, apontado pela Polícia Rodoviária Federal como responsável pelo acidente que matou 11 pessoas na BR 101, em Mimoso do Sul, não tinha autorização para percorrer estradas com esse tipo de carga. É o que revela a investigação, que ainda está em andamento e também já mostrou que a carreta não poderia transportar tal carga.
Em entrevista ao Bom dia Espírito Santo, da TV Gazeta, o secretário estadual de Segurança, André Garcia, afirmou que essas são informações preliminares e que as perícias ainda estão em curso. Até o momento, o que se sabe é que há irregularidades com a carreta e também com o motorista, mas a tragédia foi provocada por um conjunto de fatores.
“Há informações, segundo o Detran, que esse veículo não tem certificação para transportar esse tipo de carga, e nem o motorista tem autorização ou treinamento para transportar a carga. Acredito que um acidente como esse não acontece por um único fator. Se a estrada fosse duplicada nós teríamos minimizado muito os efeitos dessa tragédia, mas há também a questão das condições e da condução do veículo. A carreta que transportava pedra estava com a velocidade acima do permitido pela via. Tem a questão da carga, como ela foi amarrada. Em princípio a amarração foi feita pelo próprio motorista, que não tem formação para isso. Quem contrata esse tipo de serviço também precisa se preocupar com a segurança. Foi um conjunto de coisas que poderiam ter sido evitadas”, afirmou.
A tragédia na BR 101, em Mimoso do Sul, deixou 11 mortos – todos do grupo de dança alemã Bergfreunde, de Domingos Martins -, e nove feridos. Apenas três pessoas escaparam ilesas.