Estabelecer os limites em sala de aula favorece o aprendizado. Esse assunto será abordado pela psicopedagoga Ester Chapiro durante o Encontro Pedagógico Educativo, que vai acontecer no Rio de Janeiro no dia 26 de setembro.
Segundo a especialista, os professores precisam saber diferenciar entre o ceder e o se submeter às vontades. A profissional cita, por exemplo, as birras infantis e a importância de dizer não. “O importante é nunca perder o controle e explicar rapidamente o motivo do não”
Segundo a psicopedagoga Ester Chapiro, a resposta está na capacidade dos professores de estabelecer limites e criar relações de afeto. Para a especialista, os limites têm a função de proteger tanto o aluno quanto o educador.

Chapiro diz que o grande perigo está em não saber diferenciar entre o ceder e o se submeter às vontades. A profissional cita, por exemplo, as birras infantis e a importância de dizer não. “Essas situações são normais, mas é preciso saber lidar com esses desafios”.
Segundo ela, o importante é nunca perder o controle e explicar rapidamente o motivo do não. É preciso conversar com a criança antes e depois da crise acabar. “Pois durante o momento da birra, o diálogo não funciona. Mesmo sendo difícil, há momentos que temos de ser firmes”.
– Por isso é fundamental estabelecer afeto e construir limites em sala de aula. É preciso mostrar o valor da socialização e das convivências bem-sucedidas. Dessa forma, o aluno pode reconhecer e considerar os próprios limites e os dos demais – ressalta Chapiro, que irá debater esse tema no próximo dia 26, no Rio de Janeiro, durante o I Encontro Pedagógico Educativo da editora Magazine Cultural
A especialista diz que diversos estudiosos, como, por exemplo, Piaget, Vygotsky e Wallon, abordam a força da afetividade para o processo de aprendizagem e a construção do saber. Para eles, o afeto é o componente essencial da harmonia e do equilíbrio da personalidade humana. “Por esse motivo, é importante saber dosá-lo na medida certa”.
– A emoção é a intensidade máxima do afeto. Através dela ficamos motivados a aprender, quando nossas emoções afloram. E o professor deve saber usar isso a seu favor para construir um ambiente de respeito entre todos, com o intuito de favorecer sempre o aprendizado – diz.
Ester Chapiro – Psicopedagoga clínica, professora, pedagoga, especialista na área orientação educacional e de recursos humanos. Há cerca de 25 anos atuando na área da educação e com larga experiência em Magistério, Orientação Educacional e Coordenação Pedagógica. Dirige a Central de Professores-Soluções Pedagógicas, empresa que é também voltada para a recuperação de alunos em situação de fracasso escolar.
Tiberius Drumond
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