Kauã, de 6 anos, e Joaquim, de 3 anos, morreram carbonizados no dia 21 de abril, quando o quarto deles pegou fogo, em Linhares. Pastor que é pai de Joaquim e padrasto de Kauã foi preso.
Por André Falcão e Bruno Dalvi, TV Gazeta
Os corpos dos irmãos Kauã, de 6 anos, e Joaquim, de 3 anos, que morreram carbonizados em um incêndio em Linhares, no Espírito Santo, vão ser periciados para saber se os irmãos foram dopados ou agredidos.
O incêndio aconteceu no dia 21 de abril. O pastor Geogerval Alves, de 36 anos, que é pai de Joaquim e padrasto de Kauã, foi preso neste sábado (28) e vai cumprir 30 dias de prisão temporária no Centro de Detenção de Viana II.
A Polícia Civil está fazendo um exame de DNA para identificar os corpos dos irmãos. Esse exame deve sair em 9 dias. Em paralelo a isso, os corpos também serão periciados para descobrir se os irmãos foram dopados ou agredidos. Esse exame deve demorar um pouco mais, segundo a polícia, já que é mais minucioso.
Prisão
A polícia fez o pedido da prisão do pastor à Justiça na noite de sexta-feira (27). Um mandado de prisão temporária, de 30 dias, foi expedido pelo juiz Grécio Grégio por volta das 2h deste sábado. Segundo autoridades, ele estava atrapalhando as investigações.
A Polícia Civil informou que o pastor planejava deixar Linhares rumo a outras cidades, que ele mantinha contato frequente com testemunhas e que os depoimentos dele foram contraditórios e inconsistentes.
Em uma decisão que está sob segredo de Justiça, a juíza Patrícia Duarte determinou a quebra do sigilo telefônico do pastor e da mulher dele no período de 16 a 25 de abril.
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No mesmo dia da prisão, por telefone, a mãe das crianças, Juliana Salles, disse que estava muito abalada com a notícia, mas que esperava pela prisão do marido por conta da linha de investigação da polícia. Ainda assim, ela afirmou que não desconfia de George.
Incêndio
O incêndio aconteceu na casa da família, no Centro de Linhares, na madrugada do dia 21 de abril. Na residência, estavam dormindo o pastor George Alves, o filho Joaquim e o enteado Kauã, mas as chamas atingiram apenas o quarto dos meninos. A mãe das crianças, Juliana Salles, estava em um congresso em Minas Gerais junto com o filho mais novo do casal.
O pastor disse, em entrevista, que ouviu os gritos das crianças e tentou entrar no quarto que pegava fogo.
A terceira perícia na casa onde houve o incêndio foi feita na sexta-feira. Peritos, policiais civis e promotores do Ministério Público Estadual participaram. Os trabalhos no local só terminaram depois de quase quatro horas, por volta das 20h30.