Enterro aconteceu às 9h, no Cemitério São José, em Linhares. Preso, o pastor George Alves que é pai e padrasto das vítimas não compareceu.
Por G1 ES
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Enterro dos irmãos mortos em incêndio em Linhares. (Foto: Brunela Alves/ Gazeta Online)
Os corpos dos irmãos Joaquim e Kauã, de três e seis anos, foram enterrados às 9h desta quinta-feira (10), no Cemitério São José, em Linhares, no Norte do Espírito Santo. Familiares e amigos estiveram presentes para se despedir das crianças.
Eles foram buscados pelo veículo de uma funerária na noite desta quarta-feira (9), no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória.
O incêndio que matou Joaquim e Kauã aconteceu na madrugada do dia 21 de abril, na casa da família. O pastor George Alves, pai e padastro das crianças, era o único que estava na casa no momento e disse ter tentado salvá-los. Ele foi preso no dia 28 de abril, por que, segundo a polícia estaria atrapalhando as investigações, que ele mudou a cena do incêndio e estava em contato com testemunhas.
Às 8h desta quinta-feira, o pai de Kauã, Rainy Butcovski, chegou com a família ao cemitério. Ele recebeu o abraço de amigos, mas não quis se pronunciar. “Não vou dizer nada”, falou.
Depois, às 8h30, os corpos dos irmãos chegaram ao cemitério, que já estava cheio. A avó de Kauã precisou ser amparada por parentes.
A mãe das crianças, Juliana Salles, chegou por volta das 9h. Ela estava acompanhada de parentes e da polícia, porque solicitou escolta, por segurança. Juliana chegou chorando e também não quis falar com a reportagem.
Após o enterro, a mãe dos meninos deixou o cemitério acompanhada de membros da igreja, que ela e o marido, o pastor George Alves, lideravam.
Já parentes de Rainy, pai de Kauã, ficaram e fizeram uma oração ao lado do túmulo. Depois, eles soltaram balões brancos e colocaram flores na sepultura com as fotos dos irmãos.
Pastora teve escolta policial
A pastora Juliana Salles, mãe das crianças, já havia manifestado o interesse por escolta policial durante o enterro dos filhos e, segundo a defesa, seria por uma questão de segurança. Nesta quarta-feira, a advogada Taycê Aksacki foi até o Batalhão da PM de Linhares e conseguiu essa autorização. A família temia alguma reação popular por causa da morte das crianças.
Pastor não foi ao enterro
A defesa do pastor George Alves, que está cumprindo prisão temporária durante a investigação do caso, não foi ao enterro do filho e do enteado. A justificativa é de que se tratou de uma questão de segurança, disse a defesa, sem mais explicações.
Entretanto, a advogada frisou que a vontade de George era de acompanhar o sepultamento. Nada foi comentado por parte de Taycê sobre o inquérito policial do caso.
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Pais de meninos que morreram carbonizados após quarto pegar fogo em Linhares (Foto: Rafael Zambe/ TV Gazeta)
O incêndio
O incêndio aconteceu no dia 21 de abril na casa da família. O pastor George Alves, pai de Joaquim e padastro de Kauã, foi preso no dia 28 de abril porque estaria atrapalhando a investigação, segundo a polícia, e cumpre prisão temporária no Centro de Detenção Provisória de Viana II.
George era o único que estava na casa no momento do incêndio e disse ter tentado salvar as crianças. A mãe das crianças, Juliana Salles, estava em um congresso com o filho menor do casal.
Várias perícias já foram feitas no local do incêndio. Em uma delas, os peritos usaram luminol, substância utilizada para identificar a presença de sangue. Além disso, o pastor, a esposa e outras testemunhas prestaram depoimento à polícia.
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Irmãos morreram carbonizados em incêndio em Linhares, ES (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)