A informação é da Polícia Civil e foi confirmada por familiares. As duas estão internadas no Hospital Jayme Santos Neves.
Por G1 ES
A filha e a esposa do motorista Willerson Ferreira, que morreu no acidente envolvendo uma caminhonete e dois carros na rodovia Audifax Barcelos, na Serra, Espírito Santo, seguem internadas em estado grave.
Segundo a família, a adolescente teve traumatismo craniano e está em coma induzido. Já a madrasta passou por uma cirurgia no abdômen. As duas estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Jayme Santos Neves.
Ao todo, uma pessoa morreu e outras 13 ficaram feridas no acidente. O enteado do motorista do Corsa, que é um dos feridos, também segue internado no Hospital Jayme Santos Neves, onde passou por uma cirurgia na bacia, mas não há informação sobre o estado de saúde dele.
“Está todo mundo desesperado. Minha mãe é uma senhora de 71 anos e não consegue falar mais, está desesperada, por causa do meu irmão. A gente vê essa violência no trânsito, por causa de bebida. Amanhã, o cara está na rua novamente, fazendo outra tragédia”, falou o irmão do motorista que morreu, Paulo Ferreira da Silva.
Também não há atualização do estado de saúde dos passageiros da caminhonete.
A caminhonete invadiu a contramão e bateu de frente com um carro modelo Corsa, onde estavam quatro pessoas. Em seguida, atingiu um Celta.
O motorista do Corsa morreu no local. Já a condutora do Celta não se machucou e foi liberada no local. Segundo a Polícia Militar, o motorista da caminhonete tinha ingerido bebida alcoólica.
O motorista da caminhonete ficou internado sob escolta policial. Na manhã desta segunda-feira (22), ele estava consciente, segundo os policiais que o acompanhavam.
Ele foi levado para o Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) da Serra e vai passar por audiência de custódia na tarde desta segunda-feira (22).
Acidente
O irmão de Willerson, Paulo Ferreira, contou que a vítima, a esposa, a filha, o enteado e um funcionário haviam passado o dia trabalhando em um lava a jato, e voltavam para casa no momento do acidente.
O funcionário do lava a jato relatou o que se lembra da colisão. “A gente estava na nossa mão certa, aí veio a S10 na contramão e colidiu de frente. Eu só me lembro que segurei bem firme na poltrona, no banco do carona da frente e só vi na hora que colidiu. Ali, eu apaguei. Depois, eu me levantei, consegui sair e sentei no canteiro”, contou Ghilbert Oliveira, de 19 anos.
Já o motorista da caminhonete havia passado o dia na praia. “Eles foram para a praia de manhã e nós ficamos em casa. Só ficamos sabendo lá pelas 2h. A informação que eu tenho é que, a 1,5km da casa dele, aconteceu o acidente”, contou o marido de uma das passageiras da caminhonete, Oseias Soares.
Nova lei
A lei que prevê pena maior para o motorista bêbado que provocar acidente com morte no trânsito foi sancionada pelo presidente Michel Temer em dezembro de 2017.
O texto, aprovado pelo Congresso Nacional no início de dezembro, altera o Código de Transito Brasileiro para permitir que os infratores sejam enquadrados no crime de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) com pena de 5 a 8 anos de prisão.
Atualmente, o código estabelece que a pena por homicídio culposo varia de 2 a 4 anos e não faz menção clara ao caso de motoristas embriagados.