Por Rafael Araújo, de Belo Horizonte
Dos 20 times que vão disputar o Campeonato Brasileiro, 14 são comandados por treinadores com menos de 55 anos de idade. A nova geração de treinadores vem chamando atenção por bons resultados, e nomes como Jair Ventura, Roger Machado, Zé Ricardo e Fábio Carille começam a ganhar mais espaço e atenção no meio do futebol. O caçula da primeira divisão é Thiago Larghi, que tem 37 anos e, pelo menos por enquanto, comanda o Atlético-MG interinamente.
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Thiago Larghi passa a ser o treinador mais novo entre os times da Série A do Brasileiro (Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG)
No Galo, Thiago Larghi terá sua primeira chance de comandar um time profissional. Com muito gabarito e estudo, o técnico interino segue os passos de outros treinadores contemporâneos. O estilo e discurso são parecidos com alguns dos jovens comandantes dos times no Campeonato Brasileiro.
Apesar do sucesso recente dos companheiros, Thiago Larghi não se vê pressionado para dar um bom resultado logo de cara. Com os pés no chão, ainda se trata como técnico interino, mas dois bons resultados nos próximos jogos podem virar uma efetivação considerada surpreendente para muitos.
– Eu não vejo como pressão. Vejo como um orgulho e uma satisfação vê-los à frente do futebol brasileiro e apresentando coisas novas, apresentando um futebol competitivo e conseguindo bons resultados. Eu falo que ainda me vejo como auxiliar do clube e estou interinamente no cargo.
Thiago Larghi não esconde os bons exemplos que tem para seguir, como Fábio Carille, com quem trabalhou por um período no Corinthians. No entanto, mantém tranquilidade para não garantir um lugar como técnico principal do Atlético-MG.
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Leonardo Silva, de 38 anos, é mais velho que o técnico interino do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG)
– Carille eu trabalhei pouco tempo do lado dele, mas foi uma experiência muito positiva. Vejo com muita admiração tudo que ele fez e o modelo de jogo que ele implanta, que é bem competitivo e tem certa plasticidade também. Meu foco é justamente nessa partida (de domingo, contra o América-MG). É preparar o time nesses dias que temos para vencer a partida domingo. Nosso foco é exclusivamente neste jogo.
Contra a Caldense, no primeiro jogo no comando do Galo, Thiago mexeu na equipe. O time até teve bons números no jogo, mas acabou saindo de campo derrotado, de virada, por 2 a 1. Uma vitória no clássico contra o América-MG seria especial, segundo o técnico, que vê merecimento por um bom resultado no grupo de jogadores.
– Realmente uma vitória seria especial para mim, mas especialmente para o clube. A gente sabe que o clube faz todos os esforços para manter tudo funcionando muito bem e dá totais condições para os jogadores. Também vejo que os jogadores merecem essa vitória. Eles estão trabalhando dia a dia, a gente vê a aplicação deles naquilo que é proposto. Uma vitória melhoraria e daria mais confiança para seguir o nosso trabalho.
Apesar da pouca idade, o nome de Thiago Larghi é muito bem visto dentro dos jogadores e na própria diretoria alvinegra. No elenco atleticano, por exemplo, o atacante Ricardo Oliveira, 37 anos, e o zagueiro Leonardo Silva, 38, são mais velhos que o atual técnico interino, mas os dois já deram respaldo para o atual treinador do Atlético-MG.