Uma é datada da dinastia ptolemaica, há mais de 2 mil anos, e outra mostra diversas cerâmicas das épocas greco-romana, copta e islâmica, escondidas durante a Segunda Guerra Mundial.
Por G1
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Sarcófago é o maior já encontrado na cidade de Alexandria, segundo ministério egípcio (Foto: Ministério da Antiguidades do Egito/AFP)
O Ministério de Antiguidades do Egito divulgou duas novas descobertas no início deste mês. Uma, datada do período da dinastia ptolemaica – há mais de 2 mil anos -, e a outra das eras greco-romana, copta e islâmica, escondida na época da Segunda Guerra Mundial.
O primeiro achado, divulgado no dia 1º de julho, é resultado de escavações arqueológicas na cidade de Alexandria, na costa norte do país. Mostafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, explicou que foi encontrada uma tumba com um sarcófago de granito preto, com 185 cm de altura, 265 cm de comprimento e 165 cm de largura.
Segundo Wazari, é o maior sarcófago já encontrado no município egípcio. A tumba foi localizada a 5 metros abaixo da superfície e, segundo outro funcionário do setor de antiguidades do país, havia uma camada de argamassa entre a tampa da tumba e o sarcófago, o que indica que o material não foi aberto desde que foi depositado.
Uma cabeça esculpida de alabrasto (gesso e calcite) foi encontrada ao lado, e provavelmente pertence ao dono da tumba, de acordo com o ministério.
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Foto divulgada em 1º de julho mostra a ‘cabeça’ de um homem encontrada em um túmulo antigo que remonta a dinastia ptolemaica (Foto: Ministério de Antiguidades do Egito/AFP)
A outra descoberta, anunciada na última quarta-feira (4), é de centenas de objetos de cerâmica. Eles datam das eras greco-romana, copta e islâmica, e foram encontrados em um esconderijo “muito provavelmente” construído durante a Segunda Guerra Mundial, no interior de um Museu de Alexandria.
As peças foram descobertas “durante trabalhos de restauração” no jardim interno do museu greco-romano de Alexandria, disse o comunicado do ministério.
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Cerâmicas foram encontradas e provavelmente foram escondiadas durante a Segunda Guerra Mundial (Foto: Ministério da Antiguidades do Egito/AFP)
“Muito provavelmente foram escondidas pelo arqueólogo (britânico) Alan Rowe e pelos funcionários do museu durante a Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945”, disse o chefe do Setor de Antiguidades egípcias, Ayman Ashmawi.
Segundo ele, o objetivo era “proteger os objetos da pilhagem e dos bombardeios frequentes durante a guerra”. As antiguidades provavelmente foram escondidas “rapidamente” e, por isso, não foram registradas na lista do museu.
“O esconderijo contém uma coleção de cerâmica de tamanhos e formas diferentes”, indicou a chefe do Departamento Central de Antiguidades egípcias e greco-romanas, Nadia Jadre.
Entre elas, há urnas funerárias, chamadas “Hidari”, onde eram guardadas as cinzas dos mortos após sua cremação no período grego. Também foram encontrados recipientes, vasilhas e pratos das épocas greco-romana e bizantina.
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Objetos foram encontrados em museu na cidade de Alexandria, no norte do país (Foto: Ministério de Antiguidades do Egito/AFP)