A vítima o arranhou e conseguiu se desvencilhar, mas ele a jogou ao chão com a barriga – em gravidez de sete meses – prensada contra o solo.
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De acordo com o registro na Polícia Civil, após serem acionados por vizinhos, os policiais foram à residência do casal, no bairro Santa Rosália, e ouviram os gritos da mulher. Eles tocaram a campainha e foram atendidos pelo médico, que disse que não estava acontecendo nada. A vítima, no entanto, gritou que estava sendo agredida. Os policiais precisaram pedir reforços para entrar na casa.
Conforme o relato da médica, fazia mais de uma hora que ela era agredida e ameaçada de morte pelo marido. Alcântara se enfureceu quando estavam juntos no quarto e partiu para cima dela, aplicando socos em sua cabeça. Em seguida, tentou sufocá-la, apertando seu pescoço com as duas mãos. A vítima o arranhou e conseguiu se desvencilhar, mas ele a jogou ao chão com a barriga – em gravidez de sete meses – prensada contra o solo.
Em seguida ele montou sobre ela e aplicou uma chave de braço, gritando que iria fazê-la perder o filho. A mulher conseguiu mordê-lo para que a soltasse. Ainda segundo a médica, o marido pegou uma faca e disse que iria matá-la. Foi quando os policiais acionaram a campainha da casa. Conforme a médica, ele dizia que bateria nela até que perdesse o filho, “pois assim ela sairia da vida dele”.
Alcântara foi indiciado por tentativa de feminicídio, lesão corporal e ameaça. Os policiais relataram que, mesmo na presença deles, o médico reiterou as ameaças, dizendo à vítima que “a perseguiria até o inferno, caso ela o fizesse ser preso”. A faca foi apreendida e passará por perícia. O agressor tinha passagens por injúria e danos, mas não havia queixa anterior da vítima contra ele.
A médica foi informada de que pode requerer medida protetiva contra o marido. Ela recebeu atendimento médico e passa bem, assim como o bebê. O agressor e a vítima são clínicos gerais e atuam como plantonistas em unidades de saúde da região de Sorocaba e da Grande São Paulo. Procurada, Karen informou que já havia dado todas as informações à polícia. Alcântara foi acompanhado por um defensor público na audiência de custódia. Ele informou que não se manifestaria, pois o médico deve constituir um advogado de defesa.