Dois anos depois do desastre ambiental do Rio Doce, os moradores de Colatina, na região Noroeste do Espírito Santo, ainda estão com medo de consumir a água captada do rio.
O Serviço Colatinense de Meio Ambiente e Saneamento Ambiental (Sanear), responsável pelo abastecimento no município, garantiu que a qualidade da água está dentro dos parâmetros.
A prefeitura reformou as estações de tratamento, mas tem muitos moradores que compram água mineral para beber, cozinhar, ou ainda tiram água das nascentes.
“As pessoas têm usado fontes alternativas, mas tem que ter um cuidado. Porque a nossa água é monitorada dia a dia. O pessoal tem que ter cuidado que está tomando água boa, mas está com uma pior. Principalmente água de nascentes, que nós analisamos e estão todas comprometidas”, disse o diretor operacional do Sanear, Antonio Demuner.
Da quinta-feira (2) para a sexta-feira (3), o nível do rio subiu e a água ficou com um aspecto alaranjado. Mas para Demuner a cor não tem a ver com os rejeitos da Samarco.
“Não acredito que esse alaranjado seja da lama de rejeitos. Ontem (quinta) à tarde choveu bastante em Aimorés e Baixo Guandu e está trazendo essa tonalidade da água aqui. Estávamos com uma turbidez de 4 NTU e hoje estamos chegando a 50 NTU”, completou.