Foi preso pelas equipes da Polícia Militar da Comarca de Mantena, na tarde desta quinta feira, (31/03), em um hotel localizado na Rua Benedito Valadares, centro, o sargento aposentado da Policia Militar do Espirito Santo, N. F. B, 65 anos, que matou a esposa ontem a noite ( quarta feira), em São Gabriel da Palha e fugiu para Mantena. O criminoso estava preso na Delegacia de Mantena e iria depois para o ES.
Entenda o caso:
A repercussão sobre o assassinato da bioquímica, Nádia Guerra, a Drª Nádia como era conhecida, ocorrido na cidade de São Gabriel da Palha, na noite desta quarta-feira, 30/03/2016, foi muito grande, e causou um constrangimento geral na população . Muitas pessoas ficaram indignadas ao tomar conhecimento do caso.
O sargento aposentado da Polícia Militar, e ex-vereador, Natalino Fernandes Botelho, o sargento Natalino, como era conhecido pela cidade, matou sua esposa com cinco tiros a queima roupa dentro de sua casa.
Após cometer o crime, considerado bárbaro por parte de grande parte da sociedade, Natalino fugiu do local e tomou rumo inserto e não sabido até o presente momento. Em fuga, o sargento levou um de seus filhos que tem Síndrome de Down.
Nádia foi morta na casa onde morava com o marido e o filho, e de acordo com informações de amigos e vizinhos ficaram chocados com o crime. “Eu escutei ela pedindo socorro e, em seguida, parou. Fui para casa e minha nora ligou para a secretária do laboratório, que ligou para polícia e viu que ela estava morta dentro de casa”, comenta a dona de casa Dalva Shaed.
Uma outra vizinha, Inês Strelow, informou que a relação do casal não era boa. “Ele batia direto nela, é um sofrimento para nós. Aquele vagabundo tem que ser preso, ela era muito conhecida e muito querida”, conclui.
Segundo o Serviço Médico Legal (SML) de Colatina, os cinco tiros atingiram o peito, braço, ouvido, rosto e as costas de Nádia.
Vítima pagou fiança do marido um dia antes
Um dia antes de assassinar a esposa, Natalino foi preso por agredi-la e a própria mulher pagou a fiança para que ele fosse liberado. O acusado ligou para Nádia pedindo outra chance.
A mulher permitiu que ele voltasse para casa e os dois passaram o dia normalmente, até que Natalino arrombou a porta do quarto da mulher, fez os disparos e fugiu com o filho mais novo, prometendo matar os outros.
Pessoas próximas da família, que preferiram não se identificar, informaram que o sargento sempre foi um homem agressivo e que o casal passava por um processo de separação, o que teria causado a agressão antes do assassinato.
O filho mais velho de Nádia lamentou o crime em sua página em uma rede social
Em conversa com uma tia através do Facebook, o filho mais velho do casal informou: “mataram a minha mãe, tia”. Espantada, a mulher perguntou se o jovem falava sério. O jovem respondeu: “infelizmente é. Ainda não acredito que meu pai matou ela”.
De acordo com um familiar, o velório da bioquímica, que acontece na Loja Maçônica de Colatina, é acompanhado por escolta da Polícia Militar, já que o suspeito está foragido e fez ameaças. O enterro, que acontecerá no cemitério do bairro São Zenon, também deve ser escoltado.
Nádia também era farmacêutica e tinha um laboratório na cidade. Hoje, um cartaz na porta do laboratório indicava o luto pela morte da proprietária.
Por volta do meio dia de quarta, horas antes do crime, o sargento também usou a rede social para publicar o artigo que descreve a Lei Maria da Penha em sua página do Facebook. Na publicação, usuários da rede social comentaram: “quem antes postou sobre Maria da Penha agora caiu na própria armadilha”.
Fonte: Gazeta do Norte