Informação é da Agência Nacional de Águas (ANA). Colatina já decretou situação de emergência.
A situação de seca no Norte e Noroeste do Espírito Santo fez o Rio Doce chegar a um nível mais crítico: apenas três centímetros. A informação é de uma análise gráfica feita pela Agência Nacional de Águas (ANA), divulgada nesta quarta-feira (28).
A situação foi constatada no município de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, que já decretou situação de emergência. O nível normal de água que o rio deveria estar registrando, nesta época do ano, é de 1,20 metro.
A captação está sendo feita por bombas flutuantes. Segundo o Serviço Colatinense de Meio Ambiente e Saneamento Ambiental (Sanear), estão sendo abertos canais com máquinas escavadeiras, além do uso de mais canos para captar a água ainda existente.
Interior
No interior de Colatina, a situação é mais grave. Os rios e córregos que abasteciam os distritos de Baunilha, Ponte do Pancas, São José do Cantão, Paul de Graça Aranha e São Salvador, secaram. Agora, o abastecimento já é feito com carro-pipa.
A água potável é retirada de um hidrante na saída de Colatina e levada direto para o reservatório dos distritos. Três carros-pipas circulam o dia todo para abastecer essas localidades.
E, se já não há mais água para abastecimento humano, também falta para irrigação. O secretário de Desenvolvimento Rural, Ricardo Pretti, já estima um prejuízo de 50 milhões na pecuária e café no município.
Pretti disse que falta alimentação para o gado e que alguns estão buscando em Minas Gerais. Segundo ele, para prevenir a seca nos próximos anos, o município vai acelerar o projeto de construção de barragens.
Com o auxílio de um drone, duas produtoras capixabas registraram, na semana passada, a grave situação do Rio Doc, mostrando o enorme banco de areia que já toma conta da extensão no trecho localizado na entrada de Colatina, Noroeste do estado. O curta-metragem já é sucesso nas redes sociais, com mais de 100 mil visualizações.
“Rio Doce, a vida por um fio”, produzido pela TK 1 Filmes e Goltara Filmes, exibe um atleta correndo na areia onde passava o curso do rio. O objetivo, de acordo com as produtoras, é apontar aquele que é, ao mesmo tempo, o maior responsável pelo desastre e o único que pode mudar esse cenário: o ser humano.