Obra vai durar dois anos e consumir R$ 65 milhões. Visitante poderá navegar por rio artificial na área da Savana.
Por Alba Valéria Mendonça, G1 Rio, Rio de Janeiro
O Jardim Zoológico do Rio vai ganhar cara nova e vai se transformar num bioparque. Ou seja, os animais vão circular por recintos livres de grades e com integração entre espécies, enquanto os visitantes circularão por túneis corredores e passarelas. E para esta reformulação foi programada uma demolição simbólica para esta terça-feira (5), para dar início às reformas.
Segundo representantes do Grupo Cataratas – que administra o zoo – será adotado o conceito de enclausuramento inverso, quando animais são integrados ao ambiente e há o uso de barreiras naturais.
Por causa das obras, que devem durar dois anos, com previsão de custo de R$ 65 milhões, o zoo vai funcionar parcialmente. Ou seja, somente de sexta a domingo e nos feriados.
O novo zoo prevê a construção de seis grandes biosferas que representarão ecossistemas, como Floresta Tropical, Savana Africana, Biosfera das Aves, entre outras. Toda ambientação se aproximará ao máximo dos habitats naturais das espécies.
No novo projeto, o passeio começa pela Biosfera das Aves, um grande viveiro com cerca de três mil metros quadrados, que reunirá mais de cem espécies, divididas em três biomas: Mata Atlântica, Pantanal e Psitacídeos. Para os visitantes mais aventureiros, há também a opção de um circuito de arvorismo.
Seguindo o trajeto, o visitante chega à Biosfera dos Répteis e Insetos, ambientes com rica vegetação onde se vê tartarugas, cobras e jacarés. Toda ambientação se aproxima, ao máximo, dos habitats naturais das espécies.
Felinos e caninos ganham muito mais espaço numa biosfera inteira dedicada a eles, onde o visitante é que ficará enclausurado observando tigres e leões através de grandes túneis de vidro.
Público irá alimentar girafas
Os maiores animais terrestres poderão ser observados nadando em grandes tanques cujo acesso se dará por mirantes e por meio de túneis e aquários de acrílico na Biosfera dos Elefantes. O espaço terá quedas d’água, além de passarelas com visão 360 graus para o público. Ursos e animais marinhos também terão suas biosferas, com lagos e tanques transparentes.
A Fazendinha continuará sendo um local de educação, onde as crianças terão contato próximo com os animais. Na área de Savana, que substituirá a atual Passarela da Fauna, o público poderá participar de um safári cujo percurso é feito em um rio artificial com 400 metros de extensão percorrido por barcos. Esse bioma terá espécies como zebras, gnus e girafas — que poderão ser alimentadas pelos visitantes.