Só neste ano, 59 pedófilos já foram para trás das grades, sendo que em todo o ano passado foram 60 casos. Delegado também destacou que trabalho de investigação está mais eficiente.
Por G1 ES
Apenas neste ano, 59 pessoas suspeitas de abuso sexual de crianças e adolescentes foram presas no Espírito Santo. É quase o mesmo número de todo o ano passado, quando 60 foram presas. Segundo a Polícia Civil, o número aumentou tanto porque as famílias estão denunciando mais e o trabalho de investigação ficou mais eficiente.
O delegado Lorenzo Pazolini, titular da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA), explicou que está acontecendo uma quebra do ciclo de impunidade que rondava os casos de pedofilia.
“Muitos dos casos, que antes sequer chegavam ao conhecimento da polícia, seja por medo ou por sentimento de culpa da vítima, hoje são denunciados. O número de inquéritos concluídos e prisões têm aumentado, e isso tem gerado uma relação de confiança entre sociedade e polícia. Muitos casos que não eram apurados e ficavam pra sempre nos escaninhos da delegacia, hoje geram prisão e condenação do estuprador”, falou.
Segundo a Polícia Civil, mais de 1500 pessoas estão presas por abuso sexual de crianças no Espírito Santo. Esse ano já foram presos pais, padrastos, pastor, professor. Para Pazolini, não há mais um mesmo perfil de abusador.
“Fazemos o alerta a pais e mães para qualquer tipo de aproximação com as crianças. Hoje é fundamental que as famílias se mantenham atentas em todos os segmentos sociais, nas escolinhas de esportes, nas igrejas, tem que haver uma relação de confiança entre pais e filhos”, explicou.
O delegado também alertou que, na maioria das vezes, o pedófilo é uma pessoa próxima ou de confiança da família da vítima. “O abusador é alguém que, em 95% dos casos, se aproxima da criança para abusar, vai ganhando a confiança dela e da família, e vai evoluindo para o abuso sexual”, explicou.