O tema deste ano para o Dia Mundial de Higiene das Mãos, 5 de maio de 2022, está focado em reconhecer que podemos contribuir para o clima ou cultura de segurança e qualidade nos serviços de saúde, por meio da higiene de nossas mãos, mas também que uma forte cultura de qualidade e segurança incentivará as pessoas a higienizar as mãos no momento certo e com os produtos adequados.
Continua depois da publicidade
Veja mais
Com os reflexos de uma pandemia que ainda ecoa ao redor do mundo, ainda é importante se falar sobre higiene. Aprende-se desde criança que se deve lavar as mãos antes de comer ou depois de ir no banheiro, mas o simples ato de lavar as mãos pode impedir o surgimento de diversas infecções como diarreia, gripe, resfriado, doenças de pele e infecções no estômago. Hoje, 5 de maio, é o Dia Mundial de Higiene das Mãos, decretado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Higienizar as mãos é um dos principais métodos de combate ao novo Coronavírus, por isso ultimamente nunca foi tão falado sobre os hábitos de higiene dos brasileiros, e de acordo com pesquisa de comportamento do consumidor após o Covid-19, feita pelo Instituto Qualibest entre os dias 10 e 22 de março, 94% dos brasileiros mudaram os hábitos de higiene. Estudo apontou ainda aumento do uso do álcool em gel em 67%, álcool líquido em 63%, água sanitária em 51%, desinfetante em 47% e sabonete líquido em 42%.
Segundo o infectologista do Hospital de Doenças Tropicais (HDT), Alexandre Costa, que também atende em consultório instalado no Órion Complex, os trabalhadores da área da saúde têm que tomar cuidado redobrado, pois são nos procedimentos que aumentam os riscos de contrair algo, “Todos devem lavar as mãos, principalmente o profissional de saúde que está em constante contato com pacientes com diferentes doenças”, ressalta.
“Mesmo com as mãos devidamente limpas, é importante evitar levá-las ao rosto, pois os nossos olhos, nariz e boca são portas de entrada para todo tipo de doença infectocontagiosa. Essas máscaras de pano caseiras são uma boa alternativa para tentar evitar esse hábito de tocarmos o rosto frequentemente. Além disso, evita que portadores assintomáticos do vírus o transmitam para terceiros”, explica Alexandre.
O médico alerta, que além de criar o hábito de lavar as mãos, é preciso lembrar que há formas corretas de fazer, como por exemplo retirar todo e qualquer acessório, para que a higienização seja feita da melhor forma. “O mesmo vale para quando usar álcool líquido e em gel 70%”, frisa Alexandre. De acordo com dados da OMS, estima-se que a sepse, uma infecção generalizada que pode ser evitada com o simples gesto de lavar as mãos, afeta mais de 30 milhões de pacientes todos os anos em todo o mundo.
Estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostrou que 41% das mortes de recém-nascidos podem ser evitadas pela higienização das mãos. No Brasil, de acordo com dados da Anvisa, cerca de 25% das infecções registradas são causadas por bactérias resistentes, que tornam-se resistentes a remédios. Dados que só mostram que a higienização das mãos é algo que já devia ter sido discutido nos lares e consultórios brasileiros.
Alexandre dá algumas dicas de como lavar as mãos corretamente. Se possível, usar sabão antibactericida. No entanto, qualquer outro também é eficiente. Não é necessário colocar grande quantidade de sabão na mão, em geral, 2 ml são suficientes. Esfregar a parte de baixo e de cima das mãos e não esquecer das pontas dos dedos, embaixo das unhas, entre os dedos e polegar, o processo deve durar cerca de 60 segundos. Ao fechar a torneira use o cotovelo ou um papel. O mesmo processo deve ser feito com álcool em gel caso não seja possível fazer a limpeza com água e sabão.
Outras matérias
