A Primeira Igreja Batista de Mantena estava completamente lotada pela população de Mantena e de toda região que vieram dar o seu último adeus ao ex-comerciante e amigo José Vieira, emocionadas pessoas de todos os cantos, córregos, rincões, riachos, distritos e de outras cidades estiveram presente e participaram do culto fúnebre ou Culto memorial presidido pelo Pastor Marcelo Petrucci da Silva.
Lenda é uma narrativa transmitida oralmente pelas pessoas, visando explicar acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais, misturando fatos reais, com imaginários ou fantasiosos, e que vão se modificando através do imaginário popular.
Conforme vão se popularizando, as lendas tendem a ser reproduzidas e registradas em forma de contos e histórias escritas, principalmente na boca daquelas pessoas que tiveram um encontro ou ouviram falar de alguma maneira da vida e da história de José Vieira.
A principal característica das lendas urbanas é a sua contemporaneidade, ou seja, estão relacionadas com acontecimentos atuais ou modernos. Pastor Marcelo Petrucci trouxe em sua Pastoral um título especial “José Vieira e o maior Nome da História: JESUS CRISTO!”.
Em sua narrativa falou um pouco de sua vida particular e seu ministério relatando que quando chegou para Mantena conheceu o irmão José Vieira, e que embora emblemático o irmão José Vieira certamente fosse um dos nomes mais mencionados entre os mantenenes, presente e ausentes, sendo seu nome usado em vários contextos.
Zé Vieira iria completar 81 anos no dia de ontem 29/08, coincidentemente no mesmo dia que o Senhor o chamou para morar na eternidade. Ele nasceu em 1936 na cidade de Caratinga – MG. Era filho de Geraldo Vieira e Maria Joana do Rosário. Teve 7 irmãos: Clarindo , Cristóvão (in memoriam), Samuel, Joana, Elenita, Silas, e Enildo. Casou-se com Nelcy Caetano Vieira, com quem teve 5 filhos: Ronaldh (Casado com Patricia), Rosivaldo (casado com Letícia), William, Andrea (casado com Manoel) e Karla(casada com Thiago). Estes lhe deram 9 netos: Sofia, Augusto, Laura, Pedro, Daniel, Rafael, Gabriel, Manuela e Tito. Converteu-se ao Evangelho de Jesus e foi batizado aos 25 dias do mês de fevereiro de 1950 pelo Pastor Anselo de Cantuária na Primeira Igreja Batista de Mantena. Ele foi Gideão internacional sob o número 0034702, ministério no qual foi membro atuante no propósito de distribuir a Palavra de Deus.
Na verdade desde que a morte de José Vieira foi veiculada no site Mantena Online e pelas Redes Sociais 6.457 pessoas visualizaram a matéria, o que se viu foram diversas manifestações mostrando as ações deste homem que fazia tudo praticamente calado, exercia um dom de abençoar as pessoas de uma maneira maravilhosa.
Pastor Marcelo citou uma mulher (uma senhora) que mora até hoje no Bairro dos Operários que é membra da Primeira Igreja e que ele ao chegar na cidade para começar o seu Ministério a visitou e perguntou se ela gostava da igreja e qual o motivo que a levou a ser membra e participar ativamente enquanto pôde dos cultos, hoje se encontra enferma. Ela então respondeu, aquele senhor por nome José Vieira viu que a minha casa tinha caído e a levantou construindo novamente para que eu pudesse viver ali e criar os meus filhos, atos como estes foram inumerados na vida de José Vieira, os comentários foram diversos de pessoas e famílias que foram abençoadas por ele durante suas vidas, tomamos a liberdade de definir um testemunho do Promotor de Justiça no Estado do Espírito Santo Izaias Antônio Souza.
Certamente, o irmão José Vieira fará muita falta e seu nome será lembrado por muito tempo ainda. No entando, conhecendo-o como eu conhecia, acredito que se ele pudesse nos dizer algo agora, diria “NUNCA SE ESQUEÇAM DO NOME DE JESUS NELE HÁ PODER!”.
Que este Nome nos ajude a suportar o dia mal! Com saudades do seu amigo e pastor Marcelo Petrucci da Silva, finalizando.
ZÉ VIEIRA – ELE FAZ PARTE DA MINHA HISTÓRIA
No ano de 1975, após me mudar com meus pais de Ferruginha para Mantena, iniciei meu curso de Técnico em Contabilidade.
Nunca havia exercido atividade de trabalho, pouco conhecido na cidade e com minhas limitações físicas, não pensava ainda em procurar trabalho, mesmo com as reconhecidas limitações financeiras de meus pais.
Com seu reconhecido estilo de manifestações súbitas, ele se virou para mim e disse:
– Você quer trabalhar comigo?
Surpreendido com o questionamento, lembro-me que fiquei sem resposta por um pequeno tempo, mas foi o tempo suficiente para ele completar:
– Eu tenho serviços de escriturário no meu armazém e se você quiser, vou arrumar pra você.
Mais recuperado da surpresa, eu disse a ele que gostaria muito, mas não poderia dar uma resposta sem conversar com meus pais.
A conversa com meus pais, especialmente pela reação emotiva de minha mãe, foi um momento marcante sobre o que poderemos falar noutra oportunidade, mas o consenso foi que eu daria uma resposta positiva.
No “Armazém Vieira” dos irmãos José Vieira e Clarindo Vieira, eu fui lançado no mercado de trabalho, através daquela proposta voluntária e graciosa do “Zé Vieira”.
Nunca mais tive pelo Zé Vieira apenas um sentimento de amizade, pois o que eu sempre via nele era a figura de um segundo pai. Há cerca de quinze (15) anos, em minha residência, tive uma oportunidade especial de lhe dizer isso, quando ele chorou. E eu também.
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NOTA:
A todos os familiares do Zé Vieira, especialmente sua esposa e filhos por quem temos grande apreço, as nossas escusas, de Neurimar e eu, pela impossibilidade de comparecermos ao velório. Rogamos ao Pai Celeste o conforto para todos.
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