Marcos 13:32-33 “Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai… Vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo”
Pastor Lafayette Neto
O exposto abaixo é um pensamento e não um tratado teológico\escatológico… Reconheço-me ignorante a respeito das últimas coisas… Mas gosto de pensar na volta do Senhor Jesus.
A respeito do dia e hora da sua segunda vinda o Senhor Jesus destacou que ninguém sabe: nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai. Esse assunto é um mistério celestial que muitos tentaram decifrar e erraram e continuarão a errar. Jesus deixou isso claro pouco antes de ser elevado ao céu: “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.” (Atos 1:7).
No entanto, quando o Senhor afirmou que ninguém sabe o dia e hora, disse na condição de servo: “Sendo (Ele Jesus) em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; (Filipenses 2:6,7). E o próprio Jesus afirmou: “o servo não sabe o que faz o seu senhor”(João 15:15). Então na condição de homem e servo, esvaziado de si mesmo, não tendo por usurpação naquele momento ser igual a Deus na plenitude de sua onisciência Ele disse: “nem o Filho”. Mas, agora, na sua plenitude de Deus, o Senhor Jesus sabe o dia e a hora. Senão como dizer que Jesus sendo Deus é onisciente e tem todo o conhecimento? Negar que Jesus, hoje, não sabe o dia de voltar seria negar a onisciência divina.
E porque Deus não revelou à igreja um dia e hora tão significativos. Aparentemente ficaria tão mais fácil para todos. Primeiro os tempos e estações são estabelecidos por Deus pelo seu próprio poder e domínio. Por si só isso nos diz tudo. Mas penso que uma das principais características que Deus quer ‘ver’ naqueles que Ele vai arrebatar para a eternidade é a virtude da vigilância. Vigilância no plano celestial é uma virtude espiritual. Houve anjos que não ‘vigiaram’ guardando o seu próprio principado e por isto estão em cadeias eternas. “E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia;” (Judas 1:6).
Penso que para o Senhor, uma das maiores evidências de fidelidade é o viver em constante vigilância. Vigilância é prova de amor, é prova de fé, é prova de esperança na volta de Jesus.
Uma igreja vigilante está abastecida com o óleo do Espírito Santo e brilhando como luzeiro no mundo… Esta é “A IGREJA!!!”
A vigilância é uma evidência de entrega total. A vigilância é uma evidência de compromisso. Se alguém soubesse o dia e a hora poderia perfeitamente viver na dissolução e no dia anterior ao dia da volta “arrepender-se”. Mas Deus não quer isso. Ele quer uma igreja comprometida e fiel no hoje e agora, daqui a pouco e amanhã, depois de amanhã e por todo o sempre.
Fidelidade é um valor. Não existe meio fiel. Não existe mais ou menos fiel. Não existe fiel hoje, infiel amanhã… É fácil entender isso: Quem aceita uma noiva ou esposa meio fiel? Ou que noiva aceita um noivo mais ou menos fiel?
E se entendermos vigilância como uma virtude espiritual, ela é desenvolvida por meio da oração, porque a oração fortalece a vigilância.